A fenomenologia no pensamento de Jürgen Habermas e suas contribuições para a hermenêutica representam uma abordagem crítica e engajada na compreensão do Mundo da Vida e da interpretação dos fenômenos sociais. Habermas enfatiza a importância da intersubjetividade e da comunicação autônoma na construção do conhecimento e na formação de significados compartilhados. Ele crítica a hermenêutica tradicional por negligenciar a dimensão social da interpretação e propõe uma hermenêutica emancipatória que busca revelar as estruturas de poder e as ideologias presentes na sociedade. (...) Suas contribuições incluem a ênfase na comunicação discursiva, na crítica ideológica e na promoção da participação democrática na interpretação das vibrações comunicativas e dos contextos sociais. A fenomenologia no pensamento de Habermas destaca a importância da intersubjetividade e da comunicação na construção do conhecimento e na formação de significados compartilhados. Ele enfatiza que a linguagem e a interação social são essenciais para a reconstrução da Democracia, permitindo uma troca de perspectivas e a construção de consensos em torno da justiça social. (shrink)

Los medios de comunicación en general y la radio en particular configuran el ecosistema mediático necesario para impulsar los principios igualitarios en la sociedad. Esta propuesta de metodología de investigación-acción-participación en el ámbito docente de educación superior pone su atención en los procesos comunicativos en radio sobre el deporte profesional practicado por mujeres. El trabajo propone la descripción de una metodología puesta en funcionamiento en la asignatura Producción de programas informativos en radio y refleja todo el proceso transformador, así como (...) las estrategias y acciones para la producción de un programa radiofónico deportivo con perspectiva de género. (shrink)

“Todo o poder emana do povo...” “ Todos são iguais perante a lei...” (BRASIL, 1988) Estes pequenos trechos, respectivamente do Parágrafo Único do Artigo 1º e do Artigo 5º da constituição brasileira de 1988 não foram redigidos por acaso, ou porque os legisladores assim quiseram, pois acharam que soaria bem; e nem porque de fato acreditavam nisso, mesmo enquanto representantes escolhidos pelo povo, quando de sua promulgação. O Brasil como membro fundador da Organização das Nações Unidas, incorporou em sua constituição (...) diversos pontos da Declaração Universal dos Direitos Humanos (ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (UN), 1948). Em 1992, o Brasil se torna signatário da Convenção Americana Sobre Direitos Humanos (ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS AMERICANOS (OAS), 1969), (também conhecido como Pacto de San José da Costa Rica) que existia desde 1969, e que provavelmente não fora ratificado antes devido ao, vamos chamar assim, Estado de Exceção (1964 a 1985). A teoria é que estes tratados permitam uma maior igualdade entre as pessoas, se agreguem à política e às agendas de seus países signatários, e de alguma forma, tenham valor de lei ou ao menos de referência em questões legais. Em última instância, se alguma lei local não tiver como decidir por algo, recorre-se aos tratados internacionais. A ideia por trás deste artigo é analisar o viés individualista destas cartas, remetendo sua origem a Hobbes e Rousseau, mostrando a manutenção da desigualdade entre os homens. Vale ressaltar, no entanto, que seus artigos – são 30 no da ONU, e 82 no da OEA - transpassam, perpassam e unem diversas obras, de forma que fica impossível tratar de apenas um autor ou obra específica nos trechos analisados. (shrink)

O livro Paulo Freire: uma arqueologia bibliográfica é fruto de um denso esforço investigativo que reuniu pesquisadores(as) brasileiros(as) sobre o pensamento freireano, buscando analisar e evidenciar o conjunto de influências presentes em sua obra. Na forma de uma arqueologia, escava o conjunto de escritos de Freire desde o final dos anos de 1950, até as obras publicadas postumamente. Como resultado, elenca e analisa no formato de verbetes 501 presenças identificadas nos seus livros, incluindo autores e autoras, instituições, pessoas, lugares e (...) fatos históricos, proporcionando aos leitores e às leitoras um amplo panorama teórico e conceitual do seu pensamento político e pedagógico. Portanto, este livro é indicada a estudantes, pesquisadores e demais interessados em compreender a complexa e densa estrutura teórica que Paulo Freire consolidou em seus mais de 30 livros publicados. A expressão “Arqueologia bibliográfica” pretende remeter à compreensão que o próprio Paulo Freire tinha da consciência, respectivamente da conscientização, como uma construção histórica composta por complexas tramas que se relacionam de muitas formas, ora se contrapondo, ora se complementando ou confirmando, todas elas compondo um estar-no-mundo único. O livro apresenta instrumentos que auxiliam a encontrar peças e rastros deixados nas páginas por esse nosso grande educador, que inspirem olhares mais profundos e mais largos sobre a educação em nosso tempo. Com as informações sobre a bibliografia referida neste livro, cada leitor e cada leitora poderá compor com mais propriedade a sua própria narrativa sobre Paulo Freire e sua obra. (shrink)

Guiado pelas teorias da decolonialidade e da performatividade, este artigo pretende discutir as possibilidades de uma teoria do humano no Direito que seja expansiva, rompendo com as leituras cis-heteronormativas e brancas das teorias dominantes sobre Direito e Justiça. Para isso, realiza duas tarefas: primeiro, toma as teorias sobre sexo, gênero e raça como linguagens atribuídas a corpos para usar o corpo como categoria jurídica de análise e, com esse corpo, aprendendo com as travestilidades, compreender o humano como sempre sendo “em (...) processo de”, exigindo-nos compromisso com “dignidades” produzidas a partir da multiplicidade da “pessoa”. Depois, usa duas categorias jurídico-constitucionais para rediscutir a entrada do “humano” no Direito nos marcos do gênero e da raça – e das múltiplas corporalidades: dignidade da pessoa humana e povo. Sem pretender resolver a oposição universalismo/individualismo contida nessas categorias, o trabalho sustenta a fronteira como lugar de expansão: um povo que performa pluriversalidades e a pessoa humana em suas multiplicidades. Essa teoria expansiva exige reconhecer que o humano é humano “em processo de” e coloca o limite dos sentidos produzidos pela tensão entre as duas categorias jurídicas no corpo, lido sob as linguagens de sexo, gênero e raça. Isso exigirá o compromisso e a responsabilização pela diminuição da distribuição diferencial de humanidade produzida na matriz branca e cis-heterconforme e o reconhecimento de que o sujeito que dá a si mesmo a “lei” deve poder se fazer mutuamente povo e pessoa humana. (shrink)

Este ensaio examina quatro tradições sobre guerra e paz que se desenvolveram na história cristã. São elas: Pacifismo, Guerra Justa, Guerra Total, e Comunidade Mundial. O Pacifismo caracterizou os primeiros cristãos; a Guerra Justa apareceu no fim do quarto século e no quinto século; a Guerra Total, no século 11; e a Comunidade Mundial começou no século 16. Todas as quatro posições continuam hoje e são sustentadas por pessoas que sinceramente se chamam a si mesmas de cristãs.

Assinalando o quinto centenário da morte do pintor Sandro Botticelli (1445-1510), homenageia-se aqui a obra deste artista destacado do Renascimento através da relação entre dois dos seus mais importantes quadros e textos de dois autores italianos: Nastagio degli Onesti e Nascimento de Vénus contêm duas representações da mulher, coincidindo tanto no comportamento que dela espera a sociedade renascentista, como nos modelos medievais de Giovanni Boccaccio (1313-1375) e de Francesco Petrarca (1304-1374).O conjunto pictórico Nastagio degli Onesti, baseado em “A terrível (...) visão” (um dos cem contos da obra Decameron, de Boccaccio), pode ser entendido como um veículo de propaganda doutrinária ao serviço de uma ideologia feudal, que propõe a submissão do “objecto” feminino ao sujeito masculino, ao matrimónio e aos mais elevados interesses oligárquicos.O Nascimento de Vénus é, muito provavelmente, o quadro mais famoso de Botticelli. Pintado no auge da sua carreira, procura transpor o cânone estético da Vénus pagã da Antiguidade para a Laura cristã de Petrarca: a mulher, como símbolo da baixa paixão carnal, metamorfoseia-se no mais elevado amor espiritual. Com efeito, a Vénus botticelliana tem a beleza da Laura petrarquista, seguindo ainda o cânone provençal para destacar os seus predicados físicos. (shrink)

Este trabalho tem como objetivo fazer uma análise da motivação da enfermeira italiana que, após o diagnóstico positivo para o novo coronavírus SARS-CoV-2, cometeu suicídio. Desde que esta doença se tornou uma pandemia, distintas reações das pessoas têm sido observadas nas várias sociedades pelo mundo. Para efeito de referencial teórico-filosófico, debruçaremos sobre a ética schopenhaueriana a fim de refletir sobre o suicídio de Daniela Trezzi. Inicialmente, traremos, em linhas gerais, o contexto e o fato ocorrido. Em seguida, abordaremos as justificativas (...) do julgamento condenatório do filósofo alemão a respeito do suicídio. No segundo momento deste trabalho, confrontaremos o suicídio da italiana dentro da filosofia schopenhaueriana e refletiremos a respeito das motivações morais. Seria este suicídio motivado, não por conta dos males que a doença lhe traria, ou seja, motivado não em virtude do sofrimento pessoal, mas sim por compaixão ao imaginar o mal que ela causaria aos outros? (shrink)

O cuidado espiritual é considerado um aspecto intrínseco às boas práticas de cuidados paliativos. Contudo, este é um desafio a profissionais de saúde. Há carência de propostas cientificamente embasadas e não religiosas para identificar e atender as necessidades existenciais/espirituais de pacientes e familiares. Este artigo tem como objetivo apresentar uma ferramenta de cuidado espiritual denominada Modelo Diamante ou _Ars Moriendi_, desenvolvida por um pesquisador holandês que a concebeu a partir de elementos extraídos de sua pesquisa empírica. O modelo é teoricamente (...) baseado em estruturas antropológicas não morais e não religiosas e está aberto a pessoas de uma variedade de origens culturais e religiosas. Tanto capelães quanto equipes multidisciplinares podem usar essa ferramenta hermenêutica. Ela ajuda a melhor compreender e atender as necessidades espirituais de pacientes e familiares nas dimensões que envolvem autonomia, sofrimento, relacionamentos, questões pendentes e esperança. A apresentação do Modelo Diamante ao público brasileiro também é um convite para testá-lo e avaliá-lo em estudos futuros que investiguem a espiritualidade em cuidados paliativos no Brasil. (shrink)

Pessoa et al. misinterpret some of Dennett's discussion of filling-in. Their argument against the representational conception of vision and for a Gibsonian alternative is also flawed.

Montaigne insiste ao longo dos Ensaios em seu desprezo pela retórica. Mas como procuraremos mostrar aqui, sua "forma natural" inscreve-se em grande medida dentro dos termos da própria retórica, sob uma mobilização particular dos preceitos e convenções tradicionalmente apropriados à escrita em primeira pessoa, especialmente aqueles que regulavam o sermo familiaris, gênero recuperado pela primeira vez na Renascença por Petrarca. Retomamos assim, para desenvolvê-la, a fecunda intuição de Hugo Friedrich que, em sua clássica obra sobre os Ensaios de Montaigne, (...) aponta o seu parentesco com a forma epistolar de Petrarca, sem, porém, acompanhá-lo quando distancia o ensaio da epístola familiar, por entendê-lo como marco de ruptura com os procedimentos da retórica e, assim, com toda a prosa artisticamente trabalhada do humanismo. Montaigne insists throughout the course of the Essays on his disdain for rhetoric. But as we try to expose here, his "natural form" includes itself to a large extent in the terms of rhetoric itself, under a particular usage of the precepts and conventions traditionally appropriate to the discourse in first person, especially those which regulated the sermo familiaris, genre recuperated for the first time in the Renaissance by Petrarch. We retake, in order to develop it, the fruitful intuition of Hugo Friedrich in his classical work about Montaigne's Essays, indicating its kinship with Petrarch's epistolary form, without, however, following him when he moves the essay away from the familiar epistle by interpreting the essay as a rupture with the rhetorical procedures and therefore with all the artistically worked prose of humanism. (shrink)

Este ensaio pretende analisar a situação atual de confinamento imposta pela pandemia de Covid-19 a partir dos conceitos heideggerianos de técnica, quotidiano e preocupação. Defendemos que o isolamento oferece as condições materiais para que mais pessoas deem atenção a si mesmas e cuidem de se mesmas, do que resulta um deixar-ser tanto a própria liberdade quanto a do outro. Com isso, as possibilidades que somos são encaradas como tais, em especial nosso ser-para-a-morte.

Este trabalho tem como objetivo refletir sobre a importância da educação para a informação em diferentes contextos e etapas da vida humana, com vistas à consolidação da aplicação prática e democratização da competência em informação na sociedade brasileira, que, ainda, carece de atenção e novos esforços. Apoiadas na literatura da Ciências da Informação e áreas afins, a exemplo de Kuhlthau (2001), ACRL(2016), Belluzzo (2017), Dudziak (2005, 2016), Pereira e Alcará (2020), Menze (1981) e Le Boterf (2000, 1982), as reflexões apresentadas (...) apontam que, considerando a igualdade de oportunidades educacionais para todos, a educação para a competência em informação precisa ser ofertada em instituições educativas, culturais e sociais, responsáveis pela promoção da educação relativa à formação dos indivíduos. Esta ainda não possibilita a todas as pessoas a oportunidade de acesso à educação para a informação na etapa da vida e contexto social em que se encontram, o que constitui um exemplo de uma realidade social injusta; que nega um direito humano básico. (shrink)

Em Janeiro de 1599 era promulgado o documento que. hoje em dia. se reconhece como constituindo o Sistema Educative) dos Jesuítas. geralmente denominado "Ratio Studiorum". Documento que tern uma historia. que é experiência aplicada e uma inspiração. Para a história contribuiram. de forma mais explícita. pessoas como Inacio de Loiola. com a sua experiencia permanentemente reflectida e partilhada: Jeronimo Nadal por muitos considerado o segundo fundador dos jesuitas. pelo empenho e acerto na fundaçao de colégios para alunos externos: Cláudio Aquaviva, (...) a quern coube promover e coordenar a tarefa de encontrar fõrmula comum para os estudos. já amplamente difundidos. Nesta caminhada cabe ainda referir o Colégio Romano e sua permanente atenção e reflexão em processo tão delicado. É nos Exercicios Espirituais reflexo da peregrinação de Inácio e seus Companheiros que se deve centrar a inspiração e algum método a que náo é alheia a aprendizagem segundo o "modus parisiensis". /// In January 1599 a document was approved, generally called Ratio Studiorum. which is considered today as the basis of the Education System of the Jesuits. This document has a historical background, where both applied experience and inspiration meet. The main contributors were Ignace of Loyola, through his permanently examined and shared experience: Jerome Nadal. who many considered the second founder of the Jesuits, because of his commitment and success in the foundation of colleges for non-jesuit students: Claudio Aquaviva, who promoted and coordinated the work that led to unify the many contributions. The Roman College played also a main role in this difficult process through a permanent attention and reflection. It is in the Spiritual Exercises, which reflect the pilgrimage of Ignace and his companions, that we can find both the inspiration and the method, which was also influenced by the pedagogy of the so called "modus parisiensis". (shrink)

O profundo enraizamento de Vieira em sua época não o impediu de ser aberto ao diálogo com as diferentes categorias de pessoas e atento a tudo o que podia ajudar a compreender os acontecimentos de seu tempo. Para esse jesuíta do século XVII, pensar a vida humana implica muito mais que uma análise contextual da política, da economia, da vida social. Para António Vieira, a Palavra de Deus é a chave hermenêutica dessa reflexão. Ela denuncia os desvios, esclarece, ajusta, purifica (...) e orienta o olhar para o essencial do ser humano e de seu destino. Tentar segui-lo no itinerário que propõe exigirá de nós, talvez, recolocar algumas questões, pois para ele as interrogações formuladas pela fé podem ser feitas a qualquer pessoa e a qualquer domínio. Isso não se passa sem contínua confrontação nem sem problema, visto que ele "falava a um auditório para o qual o nobre era ontologicamente nobre; o clero, clero in aeternum; o vilão, vilão; o cristão, cristão; o judeu, judeu". (shrink)

Partimos do pressuposto que a arte é a revelação da profundidade do ser humano e que manifesta a sua busca pela verdade e pelo sentido de sua existência. O nosso objetivo foi descrever os fundamentos da arte barroca na consolidação e na propagação de verdades religiosas e políticas. Teremos como principal referência a igreja barroca de Santo Antônio, componente do Centro Cultural de São Francisco, localizada na cidade de João Pessoa, no nordeste do Brasil. A metodologia utilizada foi a (...) pesquisa descritiva tendo como instrumento a análise textual discursiva por meio da qual fizemos uma breve recapitulação do contexto nascente do barroco na Europa. Em seguida, apresentamos as suas características e, por último, as suas peculiaridades no Brasil. Como primeiro resultado da pesquisa foi possível considerar o barroco e o seu imaginário como fontes de verdade, superando a lógica binária do terceiro excluído, e, reconhecendo que o barroco funcionou como amálgama da sociedade colonial brasileira por meio das práticas religiosas e das vicissitudes políticas. Palavras-chave : Barroco. Política. Imaginário. Arte.We assume that art is the revelation of the depth of the human being and it expresses the human search for truth and meaning of the existence. This text aims to describe the basis of Baroque art in the consolidation and spread of political and religious truths. We will have as main reference the baroque church of St. Anthony, a component of the Cultural Center of San Francisco, located in the city of João Pessoa, in northeastern Brazil. The methodology used was descriptive and textual analysis as a tool through which we did a brief recapitulation of the context of the nascent Baroque in Europe. Then, we will present the characteristics of Baroque and finally its peculiarities in Brazil. As a first result of the research it was possible to consider the Baroque and its imagery as a source of truth, overcoming the binary logic of the excluded middle, and, recognizing that Baroque functioned as the amalgam of the Brazilian colonial society through religious practices and political setbacks. Keywords: Baroque. Politics. Art and Imagination. Setbacks. (shrink)

Trata-se de uma investigação sobre as categorias geográficas através do método da dialética materialista. As relações entre as pessoas e destas com seu hábitat são analisadas levando-se em conta a interdependência das categorias espaço e tempo, que estabelecem limites na configuração do mundo material, de que a mente humana é parte intrínseca.

O artigo busca desenvolver a articulação entre a pessoa privada e a necessidade religiosa. Toma-se como base o chão do cotidiano, dado que é ali onde o sujeito singular vivencia sua práxis. Com base na relação entre a vivência cotidiana do sujeito singular e sua elevação a um patamar superior de vivência, tematiza-se o papel da religião, da ciência e da arte no soerguimento desse sujeito a tal patamar superior de convivência. O texto, metodologicamente, realiza um estudo de caráter (...) teórico-bibliográfico, em que se elege, como meio para atingir a finalidade proposta pelo objeto, a leitura imanente do Capítulo 16 da Grande estética de Georg Lukács. A título de considerações, problematiza-se que a relação entre a necessidade religiosa e a arte se apresenta de modo distinto, na contemporaneidade, do que foi, por exemplo, no Renascimento, haja vista que, nessa nova forma contemporânea, a configuração entre religião e arte mostra-se problemática para o complexo artístico. As consequências dessa problemática acarretam dificuldades para que a arte mantenha seu caráter realista. Com isso, a capacidade artística de desenvolver as determinações necessárias da criação, fica comprometida. Consequentemente, a obra não consegue apanhar, por meio da dialética imanente da vida humano-social, os caracteres que possibilitam configurar seres humanos e suas relações socialmente típicas. Quanto mais esse efeito cresce, mais os artistas procuram introduzir, em suas composições, categorias externas ao campo da arte, a exemplo de descrições científicas. Isso cria sérias dificuldades para que o realismo artístico possa ser plasmado na obra acabada. O resultado desse quadro é o aumento dos obstáculos para que a arte registre a autoconsciência humana. Palavras-chave: Vida cotidiana. Necessidade religiosa. Singularidade privada. Arte moderna. Lukács. (shrink)

Em Totalidade e Infinito, Lévinas descreve cuidadosamente a separação do Mesmo e do Outro, recorrendo diversas vezes ao termo “ensinamento” para definir o acolhimento num Eu interior, daquilo que lhe é exterior. Mas para Lévinas, na absoluta alteridade, o outro é Outrem, outra pessoa, irredutível à minha posse, exterioridade absoluta que me encara a partir de um rosto, como um ser que me fala e, por isso, é o único capaz de me ensinar. Acolher outrem, nesse sentido, é responder-lhe (...) e, assim, ser responsável por ele, numa relação que é, essencialmente, ética. Com isso em mente, é possível refletir sobre o sentido mais profundo da relação educativa que, para além dos papéis que assumem professores e alunos numa totalidade sistemática, Eu e Outro constituem uma frente a frente que dá sentido ao mundo do qual vivem, se apropriam e compartilham. A relação entre os sujeitos na educação, portanto, extrai sua significação do ensinamento, não como prioridade de um conteúdo comunicável, mas como responsabilidade infinita por outrem, como relação ética. (shrink)

A linguagem é mais que a palavra escrita ou falada, é a direção do pensamento no contato com o contexto histórico-social no qual se está inserido. O discurso se apresenta enquanto mediação entre pessoas e realidades. A AD se apresenta como um constructo teórico-metodológico que possibilita averiguar construções ideológicas e efeitos de sentido do discurso em diferentes contextos, propiciando um olhar ampliado sobre a realidade. Objetiva-se inter-relacionar aspectos epistemológicos de Foucault e Heidegger, que possam servir como aportes ao método Análise (...) do Discurso, e refletir sobre uma estrutura que possa ser aplicada nas pesquisas da área de CI. Para tanto, propõe-se o uso da Revisão Sistemática da Literatura (RSL) enquanto técnica, a fim de subsidiar uma apresentação mais concreta referente a aplicação da AD no campo da CI. Metodologicamente trata-se de um estudo exploratório traçado na inter-relação entre questões da Filosofia da Linguagem e aspectos metodológicos e epistemológicos da Ciência da Informação e para tanto, buscou-se a revisão da literatura de ambos os domínios. Ainda há uma certa relutância do uso da AD na CI por sua forma mais teórica, ou seja, sem um procedimento preestabelecido, como se verifica em outros métodos, tais como a Análise do Conteúdo que possibilita a análise categorial, a análise de avaliação, a análise de enunciação, a análise proposicional, entre outras. O objetivo da AD não é estabelecer se um discurso é verdadeiro ou falso, mas sim os efeitos de sentidos e as questões subliminares. Portanto, no discurso construído com bases em preconceitos, por exemplo, serão reveladas as fragilidades inerentes àquela construção. Por outro lado, em um texto reflexivo, a tendência é que por meio da aplicação da AD, sejam reveladas toda solidez das ideias e estruturas. Assim, verifica-se a grande contribuição que AD pode aferir à CI e como Foucault e Heidegger podem ser imprescindíveis para compor o arcabouço teórico da AD, dependendo dos objetivos da pesquisa. (shrink)

Inspiradas no modelo schumpteriano de inovação nos segmentos produtivo e tecnológico, as diretrizes das agências multilaterais (Banco Mundial, Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, Banco Interamericano de Desenvolvimento) em favor da agenda inovadora no setor público têm tido, desde o final do século passado, uma ampla capilaridade entre os países. No caso brasileiro, as experiências pontuais tiveram início mais precisamente já na segunda década, possuindo, portanto, um breve histórico de atuação nas instâncias municipais e estaduais e no âmbito federal. (...) O presente artigo busca investigar o nascedouro e as ações, princípios e valores do Pólen - Laboratório de Inovação em Gestão Pública (ENSP-Fiocruz) bem como os principais desafios frente ao estabelecimento de projetos em favor da inovação organizacional. Visando o alcance do referido objetivo, serão recuperadas conceitualmente as categorias inovação e laboratórios de inovação. Para a realização do estudo, será efetuada uma pesquisa bibliográfica e documental, aliada à técnica da observação participante, caracterizada pelo fato de os participantes do projeto serem também investigadores do fenômeno. Tem-se como hipótese que os programas de inovação no campo da gestão têm conquistado as várias instâncias do setor público, todavia tal agenda pode encontrar resistências de setores em função de fatores políticos, ideológicos e organizacionais. Como as categorias “protagonismo das pessoas e usuários”, “transparência” estão presentes nos programas inovadores, torna-se igualmente fundamental destacar o papel da cultura organizacional para as ações de inovação. (shrink)

Estudos indicam que o estresse altera o sistema imune e pode influir na etiologia, progressão e severidade de doenças. A resiliência pode ser definida como a capacidade que algumas pessoas desenvolvem e as ajudam a passar por situações adversas na vida, a superá-las, e ainda a saírem fortalecidas ou..

Uma das abordagens que estuda o construto da motivação é a teoria da autodeterminação, que discrimina diferentes estilos motivacionais: desmotivação, motivação extrínseca e motivação intrínseca. Este estudoobjetivou identificar motivações de acadêmicos de um curso de Educação Física do estado São Paulo, Brasil, para participarem de uma capacitação em natação para pessoas com deficiência físicas, bem como a motivação para atuação como tutores desse mesmo grupo. Trata-se de um estudo qualitativo realizado por meio de entrevistas semiestruturadas. Participaram 20 acadêmicos do curso (...) de Educação Física,divididos em: capacitação teórica – CT e capacitação teórica associada a tutoria em natação adaptada-CTP. Após análise, as seguintes categorias e subcategorias foram estabelecidas: motivação extrínseca (objetivos ou ganhos futuros; decorrente de fatores externos e vinculada à recompensa ou punição) e desmotivação (sentimentos e percepções). Conclui-se que os principais fatores que motivaram os acadêmicos estiveram vinculados à motivação extrínseca. (shrink)

Esta análise objetiva entender se existe reconhecimento às conjugalidades/parentalidades LGBTQIA+ pelo conceito de família da Política Nacional de Assistência Social e se há subsídios satisfatórios para abonar proteção estatal as genealogias e/ou pessoas LGBTQIA+ por meio dos benefícios, serviços, planos, programas e projetos da Norma Operacional Básica de 2005. Com a análise documental da referida legislação, evidenciou-se que o conceito de família ainda não superou o modelo patriarcal, inserido no sistema capitalista de minimalismo das políticas públicas.

A evolução dos meios de comunicação propiciou um massivo fluxo informacional, trazendo consigo alguns entraves. O fenômeno das fake news é produto dessa mudança na sociedade, afetando de diversas formas a vida das pessoas e inclusive a possibilidade de uma escolha plena e livre de influências, sua liberdade de expressão, pensamento e informação. Nesse contexto, este evento se torna gravoso para o nosso Estado Democrático, na medida que influencia o comportamento, as escolhas políticas, a conduta social e a solidez da (...) própria democracia. Diante do exposto, o objetivo do presente trabalho é refletir como as fake news interferem no Estado Democrático de Direito no Brasil e o deformam. Trata-se de uma revisão bibliográfica, documental e qualitativa. Propõe-se, por meio desse estudo, explicitar o que é esse fenômeno tão complexo das fake news e compreender as diversas formas de como ele pode afetar nosso sistema democrático, baseando-se nas ideias discursivas de Habermas. (shrink)

Não há dúvidas de que o caminho da descolonização é a eclosão do múltiplo em suas emergências de autorias, saberes, estratégias de luta. Ao revelar as fissuras nos mecanismos cristalizados de dominação, da invenção do outro subalterno, são acionadas reapropriações heterogêneas dos legados coloniais. Os movimentos de resistência reterritorializam a memória em disputa, desvendam a relação intrínseca entre memória e território e proporcionam leituras não hegemônicas das histórias e imaginários coloniais; recompõem trajetórias e reconfiguram nas narrativas e ritualidades as relações (...) entre pessoas, corpos e com a alteridade. (shrink)

Este artigo objetivou adaptar a Escala de Altruismo Autoinformado (EAA), reunindo evidencias de sua validade de construto. Realizaram-se dois estudos em Joao Pessoa (PB), nos quais os participantes responderam a EAA e perguntas demograficas. No Estudo 1 participaram 331estudantes universitarios com ..

DE MARINHO A PESSOA, DA FINISTERRA AO ORIENTE Os cinco ensaios, ou teoréticas abordagens, constantes do presente escrito da autoria de Renato Epifânio, concitam-nos para uma renovada reflexão, adjuvante dos temas, enigmas e problemas, suscitados no pensamento filosófico português contemporâneo, reflexão essa organizada num ritmo de incursão a protótipos do modus philosophandi, quantas vezes poéticos, de Antero, Pessoa, Junqueiro e Pascoaes, dispostos segundo uma linha sucessória, ou relacionante, com a lição transcendental que José Marinho nos legou em seus (...) memoráveis escritos A meditação de Renato Epifânio decerto actuará em cada leitor como um adjutório ao entendimento do que mais importa Pinharanda Gomes, in Posfácio. (shrink)

Esses livros têm grandes méritos por apresentarem em detalhe a história do Instituto de Pesquisa Social e das pessoas que nele trabalhavam, assim como do desenvolvimento da Teoria Crítica. O livro de Martin Jay apóia-se em material dos arquivos de Leo Löwenthal, amigo íntimo de Max Horkheimer e colaborador do Instituto até quase o fim da década de 1940.

This essay surveys the varieties of disjunctivism about perceptual experience. Disjunctivism comes in two main flavours, metaphysical and epistemological.

Some combinations of attitudes--of beliefs, credences, intentions, preferences, hopes, fears, and so on--do not fit together right: they are incoherent. A natural idea is that there are requirements of "structural rationality" that forbid us from being in these incoherent states. Yet a number of surprisingly difficult challenges arise for this idea. These challenges have recently led many philosophers to attempt to minimize or eliminate structural rationality, arguing that it is just a "shadow" of "substantive rationality"--that is, correctly responding to one's (...) reasons. -/- In *Fitting Things Together*, Alex Worsnip pushes back against this trend--defending the view that structural rationality is a genuine kind of rationality, distinct from and irreducible to substantive rationality, and tackling the most important challenges for this view. In so doing, he gives an original positive theory of the nature of coherence and structural rationality that explains how the diverse range of instances of incoherence can be unified under a general account, and how facts about coherence are normatively significant. He also shows how a failure to focus on coherence requirements as a distinctive phenomenon and distinguish them adequately from requirements of substantive rationality has led to confusion and mistakes in several substantive debates in epistemology and ethics. -/- Taken as a whole, Fitting Things Together provides the first sustained defense of the view that structural rationality is a genuine, autonomous, unified, and normatively significant phenomenon. (shrink)

Many philosophers and psychologists have attempted to elucidate the nature of mental representation by appealing to notions like isomorphism or abstract structural resemblance. The ‘structural representations’ that these theorists champion are said to count as representations by virtue of functioning as internal models of distal systems. In his 2007 book, Representation Reconsidered, William Ramsey endorses the structural conception of mental representation, but uses it to develop a novel argument against representationalism, the widespread view that cognition essentially involves the manipulation of (...) mental representations. Ramsey argues that although theories within the ‘classical’ tradition of cognitive science once posited structural representations, these theories are being superseded by newer theories, within the tradition of connectionism and cognitive neuroscience, which rarely if ever appeal to structural representations. Instead, these theories seem to be explaining cognition by invoking so-called ‘receptor representations’, which, Ramsey claims, aren’t genuine representations at all—despite being called representations, these mechanisms function more as triggers or causal relays than as genuine stand-ins for distal systems. I argue that when the notions of structural and receptor representation are properly explicated, there turns out to be no distinction between them. There only appears to be a distinction between receptor and structural representations because the latter are tacitly conflated with the ‘mental models’ ostensibly involved in offline cognitive processes such as episodic memory and mental imagery. While structural representations might count as genuine representations, they aren’t distinctively mental representations, for they can be found in all sorts of non-intentional systems such as plants. Thus to explain the kinds of offline cognitive capacities that have motivated talk of mental models, we must develop richer conceptions of mental representation than those provided by the notions of structural and receptor representation. (shrink)

In a narrow sense of ‘disagreement,’ you and I disagree iff we believe inconsistent propositions. But there are numerous cases not covered by this definition that seem to constitute disagreements in a wider sense: disagreements about what to do, disagreements in attitude, disagreements in credence, etc. This wider sense of disagreement plays an important role in metaethics and epistemology. But what is it to disagree in the wider sense? On the view I’ll defend, roughly, you and I disagree in the (...) wide sense iff we hold attitudes that it would be incoherent for a single individual to hold. I’ll argue that this captures the relevant cases, and explore the consequences for metaethical debates between expressivists and contextualists. My view has two broader upshots: that coherence is a theoretically important property, and that an apparently descriptive question—are two subjects disagreeing?—turns on a normative one—are their attitudes jointly incoherent? (shrink)

RESUMO Este texto reflete sobre a representatividade do cabelo crespo como elemento de pertencimento racial na literatura infantil, ancorando-se no livro Amor de cabelo, do diretor, produtor e escritor negro norte-americano Matthew A. Cherry. Para tanto, investiga como as imagens da ilustradora Vashti Harrison, também uma norte-americana negra, comungam com o texto para expressarem uma visão da pessoa negra e de seu núcleo familiar sem os estereótipos usuais. Cotejando a noção de amor de bell hooks, esta análise empreende uma (...) leitura que vagueia tanto pelos aspectos temáticos como estruturais da narrativa, tendo como hipótese de que o livro, sem fazer alusão direta, é um contradiscurso ao racismo que se origina no período da escravização, cujos efeitos podem ser sentidos até hoje. Do ponto de vista teórico, além de hooks, fundamenta esta leitura uma rede conceitual norteada pelos estudos de Eliane Debus, Grada Kilomba e Nilma Lina Gomes. (shrink)

InThe Cognitive-Emotional Brain(Pessoa 2013), I describe the many ways that emotion and cognition interact and are integrated in the brain. The book summarizes five areas of research that support this integrative view and makes four arguments to organize each area. (1) Based on rodent and human data, I propose that the amygdala's functions go beyond emotion as traditionally conceived. Furthermore, the processing of emotion-laden information is capacity limited, thus not independent of attention and awareness. (2) Cognitive-emotional interactions in the (...) human prefrontal cortex (PFC) assume diverse forms and are not limited to mutual suppression. Particularly, the lateral PFC is a focal point for cognitive-emotional interactions. (3) Interactions between motivation and cognition can be seen across a range of perceptual and cognitive tasks. Motivation shapes behavior in specific ways – for example, by reducing response conflict or via selective effects on working memory. Traditional accounts, by contrast, typically describe motivation as a global activation independent of particular control demands. (4) Perception and cognition are directly influenced by information with affective or motivational content in powerful ways. A dual competition model outlines a framework for such interactions at the perceptual and executive levels. A specific neural architecture is proposed that embeds emotional and motivational signals into perception and cognition through multiple channels. (5) A network perspective should supplant the strategy of understanding the brain in terms of individual regions. More broadly, in a network view of brain architecture, “emotion” and “cognition” may be used as labels of certain behaviors, but will not map cleanly into compartmentalized pieces of the brain. (shrink)

In 'Rethinking the Good', Larry Temkin makes two core claims. First, the goodness of a distribution is sometimes ‘essentially comparative’ – it sometimes depends on which alternative distribution(s) it is compared to. Second, such cases threaten the transitivity of ‘all things considered better than’. I argue that the goodness of a distribution may indeed depend on what other distributions are feasible. But contrary to Temkin, I also argue that transitivity holds even when the goodness of a distribution depends on the (...) feasible set of which it is a member. (shrink)

Intentionality, or the power of minds to be about, to represent, or to stand for things, remains central in the philosophy of mind. But the study of intentionality in the analytic tradition has been dominated by discussions of propositional attitudes such as belief, desire, and visual perception. There are, however, intentional states that aren't obviously propositional attitudes. For example, Indiana Jones fears snakes, Antony loves Cleopatra, and Jane hates the monster under her bed. The present paper explores such mental states (...) in an introductory but opinionated way. (shrink)

This paper presents a new objection to the buck-passing account of value. I distinguish the buck-passing account of predicative value from the buck-passing account of attributive value. According to the latter, facts about attributive value reduce to facts about reasons and their weights. But since facts about reasons’ weights are themselves facts about attributive value, this account presupposes what it is supposed to explain. As part of this argument, I also argue against Mark Schroeder's recent account of the weights of (...) reasons, which purports to explain the weights of reasons in terms of further reasons without circularity. I then argue that if we abandon the buck-passing account of attributive value, it would be ad hoc and unjustifiable to continue to endorse the buck-passing account of predicative value. In short, there seems to be little hope for the buck-passing account in either form. The paper ends by sketching a novel alternative theory according to which reasons are analysed in terms of the attributive value of motives. I suggest that a normative reason to is something that would be a good motive for -ing. At least at first glance, this view has numerous merits and few problems. (shrink)

This article examines methodological debates in legal philosophy by focusing on two methodological claims in H. L. A. Hart’s 1961 book, The Concept of Law: that Hart’s theory is both general and descriptive, and an exercise in both linguistic analysis and descriptive sociology. It considers what these claims reveal about Hart’s theoretical ambitions and methodological commitments, and what light they shed on debates in legal philosophy since then. In particular, it discusses the most important elements of Hart’s theory, such as (...) the union of primary and secondary rules in law, the “rule of recognition” as a social rule, and the relationship between legal and moral norms. It also explores several objections to Hart’s approach to the problems of legal philosophy, including one that questions the fruitfulness of the methodology of conceptual analysis. Finally, it analyzes the argument of Hart and all legal positivists that legal systems are social constructs. (shrink)

I note the multitude of ways in which, beginning with the classic paper by Machamer et al., the mechanists have qualify their methodological dicta, and limit the vulnerability of their claims by strategic vagueness regarding their application. I go on to generalize a version of the mechanist requirement on explanations due to Craver and Kaplan :601–627, 2011) in cognitive and systems neuroscience so that it applies broadly across the life sciences in accordance with the view elaborated by Craver and Darden (...) in In Search of Mechanisms. I then go on to explore what ramifications their mechanist requirement on explanations may have for explanatory “dependencies” reported in biology and the special sciences. What this exploration suggests is that mechanism threatens to eliminate instead of underwrite a large number of such “dependencies” reported in higher-levels of biology and the special sciences. I diagnose the source of this threat in mechanism’s demand that explanations identify nested causal differences makers in mechanisms, their components, the components further components, and so forth. Finally, I identify the “love–hate” relationship mechanism must have with functional explanation, and show how it makes mechanism an extremely interesting thesis indeed. (shrink)

We define the interpolative fusion T∪∗ of a family i∈I of first-order theories over a common reduct T∩, a notion that generalizes many examples of random or generic structures in the model-theo...

We all learn about the mistake of treating ‘nothing’ as if it were a term standing for something; but is it a mistake to treat it as an empty term, denoting nothing? We argue not, and we introduce ‘zilch’, defined as ‘the non-self-identical thing’, as a term which is empty as a matter of logical necessity. We contrast its behaviour with that of the quantifier ‘nothing’, and illustrate its uses. We use the same idea to vindicate Locke’s, Descartes’ and Hume’s (...) handling of ‘nothing’, and we show how Heidegger’s ‘das Nichts nichtet’ comes out as logically true. (shrink)

The consequence argument is a powerful incompatibilist argument for the conclusion that, if determinism is true, what one does is what one must do. A major point of controversy between classical compatibilists and incompatibilists has been over the use of ‘can’ in the consequence argument. Classical compatibilists, holding that abilities to act are dispositions, have argued that ‘can’ should be analyzed as a conditional. But such an analysis of ‘can’ puts compatibilists in a position to grant the premises of the (...) argument while denying the conclusion. Incompatibilists remain unconvinced, and this corner of the debate over free will has reached a dialectical impasse. The present paper has two aims. First, to offer a new dialectical point of entry into this dispute on behalf of incompatibilists. By making use of Angelika Kratzer's influential semantic work on ‘can’ and ‘must’, I argue that incompatibilists are in a position to offer a plausible, positive treatment of ‘can’ that favors their view. Second, even if one does not think incompatibilism is thereby true (for as we shall see there are places to push back), the Kratzer semantics yields a number of important insights concerning the consequence argument that should be of broad interest. (shrink)

It is said we live in a second Gilded Age, which makes our understanding of the first all the more relevant. Rosanne Currarino’sThe Labor Question in Americamakes the bold claim that, far from being a period of defeat for the Left, the original Gilded Age saw an expansion of democratic citizenship. A group of economists, social reformers and labour organisers transformed our understanding of political participation from the earlier, producerist to a more modern, consumerist ideal of social inclusion and collective (...) agency. However, on her own telling, Currarino’s ‘expansion’ comes across more as a ‘substitution’. Some workers gained in wages what they lost in control of the means of production. Though Currarino fairly identifies the utopian aspirations underlying the demand for higher levels of consumption, her narrative relies on an overly rigid distinction between production and consumption, missing out on the way in which consumption came to be defined in ways that assumed the workplace would be a site of submission. Finally,The Labor Questionfails to include, as parts of its narrative, the extraordinary violence that marked struggles over the labour question. In this context, the shift from ‘producerist’ emphases on worker control to ‘consumerist’ views of economic citizenship look more like an ideological displacement than they do a progressive expansion of democracy. (shrink)